O que é depreciação do ativo imobilizado?

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Sempre que falamos de ativo imobilizado, que são todos os bens adquiridos por uma empresa que façam parte das atividades operacionais, sendo utilizado por mais de um ano, a palavra depreciação aparece porque ela está diretamente atrelada ao imobilizado. 

Mas o que é depreciação, afinal? 

A depreciação tem como principal objetivo registrar a perda de valor dos bens do ativo imobilizado no decorrer do tempo. A Receita Federal estabelece alguns parâmetros para definir sobre a depreciação: 

  • Quanto tempo o ativo deve produzir 
  • Desgaste natural operacional, da natureza ou devido a ociosidade 
  • A obsolescência tecnológica em relação aos outros bens de mercado ou da própria operação 

O ativo imobilizado começa a depreciar a partir do momento em que ele esteja pronto para uso, por exemplo um veículo emplacado e autorizado a transitar ou um ar-condicionado, a partir do momento que esteja instalado. 

A depreciação só cessa quando o ativo sai da operação, é mantido para venda ou quando sofre uma baixa. 

Um detalhe importante é que para as empresas que são tributadas pelo Lucro Real, o cálculo e reconhecimento da depreciação são obrigatórios, o que traz o benefício das despesas de depreciação para redução da base de cálculo do IR e CSLL. 

Como é definida a depreciação? 

A depreciação é definida a partir da Vida Útil, que por sua vez pode ser: 

  • Vida Útil fiscal, definida pela Receita Federal 
  • Vida Útil econômica, definida pela estimativa de tempo que o ativo trará benefícios econômicos para a empresa, a partir de um Laudo de Avaliação Patrimonial realizado por consultoria especializada. 

A partir da definição da Vida Útil, que será adotada pela contabilidade, é levado em consideração a classe do ativo imobilizado, ou também chamada de conta contábil, pois no caso da depreciação fiscal cada conta possui a sua própria taxa estabelecida pela Receita Federal, como por exemplo: 

  • Móveis e utensílios = 10 anos 
  • Máquinas e equipamentos = 10 anos 
  • Equipamentos de informática = 05 anos 
  • Edificações = 25 anos 
  • Benfeitorias em imóveis de terceiros = de acordo com o contrato de locação 

Existem algumas contas que não sofrem depreciação por causa de suas particularidades, como terrenos e obras de arte, que não perdem valor e muitas vezes até valorizam com o tempo. 

Na depreciação societária, com base na vida útil econômica, ativos de uma mesma classe podem ter vidas úteis diferentes, refletindo o seu ciclo de vida útil na operação, contabilizando com diferentes taxas de depreciação. Além disso, a partir da lei 11.638/07, os ativos devem ter sua vida útil econômica revisada periodicamente. 

O grande desafio da contabilidade atual é a determinação de uma vida útil condizente com o tempo real que os imobilizados trazem benefícios econômicos para a companhia, refletindo nas demonstrações financeiras o valor real da empresa. 

Reforçamos que controlar o ativo imobilizado é muito mais que “colar uma placa de patrimônio”, esse controle envolve implantar uma política de gestão patrimonial que tenha como foco manter a sustentabilidade da empresa, com o monitoramento e a realização das devidas análises da depreciação mensal que podem fazer a diferença em sua gestão. 

Foto de DoubletreeStudio no Adobe Stock

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