Ativo imobilizado: veja por que é importante fazer a revisão da vida útil

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Estudo permite calcular o resultado dos investimentos em bens de capital e bens duráveis, bem como identificar seus valores residuais ao fim da vida útil


O levantamento da vida útil residual dos ativos imobilizados traz informações importantes para a gestão patrimonial da empresa: como calcular o rendimento do capital investido, o momento certo para a reposição dos bens, o valor desses bens em uma eventual revenda e mesmo seu impacto para uma negociação da empresa.

Antes de mais nada, vamos esclarecer o que é considerado ativo imobilizado, conforme o regulamento de imposto de renda. Trata-se de um bem tangível com valor unitário superior a R$ 1.200 e que pode ser usado por um período superior a um ano.

O ativo imobilizado sempre é utilizado para produção de bens ou serviços, fornecimento de mercadorias ou serviços, aluguel para terceiros ou para fins corporativos, mas sempre está atrelado a geração de receita de uma empresa.

Só para exemplificar os ativos imobilizados podem ser móveis e utensílios; computadores e periféricos; máquinas e equipamentos; ferramentas; terrenos; veículos (carros, motos, caminhões e ônibus), entre outros.

Além disso precisamos definir o que é vida útil econômica de um bem. Em bom português, podemos afirmar que é o tempo em que determinado ativo pode proporcionar benefícios econômicos para a empresa.

Porém, o tempo de duração de um bem está diretamente relacionado às suas condições de uso (se as instruções de uso são seguidas, se ele recebe a manutenção adequada) e à obsolescência, seja pelo tempo, seja econômica (quando um novo produto substitui o uso de outro).

Quando usar revisão dos ativos imobilizados na gestão da sua empresa

A princípio é válido observar que a revisão das vidas úteis dos ativos deve seguir o que está estabelecido pela lei federal número 11.638/07; o pronunciamento contábil 27 (CPC 27) também orienta sobre essa questão; embora ambas as legislações não estabeleçam um período específico no ano para que a revisão seja feita, mas orientam que devem ser feita e revista pelo menos uma vez ao ano.

Conforme as informações que laudo de vida útil apresentar, os gestores conseguirão avaliar o resultado dos seus investimentos nos ativos imobilizados, bem como fundamentar uma eventual auditoria.

Do mesmo modo, será possível avaliar a nova taxa de depreciação em função da vida útil econômica do bem. Em outras palavras, qual é o custo anual para empresa que esse bem representa.

Por fim, o estudo da vida útil permite determinar o valor justo de um determinado ativo, principalmente quando não há dados suficientes para inferir o valor de mercado. Quando se perde a rastreabilidade de compra de um ativo imobilizado o laudo fornece informações que ajudam a gestão desses ativos imobilizados.

Como é feita a revisão da vida útil do ativo imobilizado

É feito um levantamento no local por uma equipe especializada que irá:

  • Verificar a existência do bem;
  • Registrar fotos do bem;
  • Checar o local físico onde ele é usado;
  • Avaliar o estado de conservação – item que leva em consideração também a forma como ele é usado pela empresa, qual o tipo de manutenção que recebe (preditiva, preventiva ou corretiva), etc.

A seguir, será calculada a depreciação dos bens. Ela tem início desde quando o bem está pronto para uso e varia conforme alguns indicadores:

  • Categoria a que pertence o bem;
  • Estado de conservação;
  • Manutenção preventiva;
  • Mercado específico;
  • Ciclos de uso por turnos;
  • Vida útil efetiva;
  • Tempo de uso;
  • Obsolescência tecnológica.

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Foto de: Scott Graham on Unsplash

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