O que é avaliação patrimonial e quais os benefícios para sua empresa?

Nas empresas, uma das responsabilidades de seus gestores é conhecer o valor real de todos os bens para uma eficiente gestão do patrimônio. Para isso, devem adotar a avaliação patrimonial.

Este é um processo criterioso responsável por mensurar um valor justo de mercado para os ativos em um determinado momento.

Ela é adotada para fins gerenciais e de organização contábil, incluindo seguros, permutas, dação em pagamentos, garantias, entre outros pontos.

Quer saber mais sobre o tema? Nesse artigo, confira a finalidade da avaliação, vantagens para o setor empresarial e como realizá-la da maneira correta. Aproveite a leitura!

O que é uma avaliação patrimonial?

A avaliação patrimonial é um procedimento contábil que define os valores reais e atualizados de tudo que uma companhia tem, como bens imóveis, móveis e intangíveis.

Podemos fazer uma analogia com um navio repleto de tesouros. A avaliação é usada para revelar o valor exato de cada item, desde um pequeno anel até artefatos preciosos.

Na empresa, o principal objetivo da medida é trazer segurança para a alta administração sobre os valores do capital investido para as operações que envolvem os ativos. 

Tal medida permite, por exemplo, que a empresa aumente a transparência e segurança dos números do patrimônio demonstrados no balanço patrimonial.

Para isso é realizado inventário, identificação, reconhecimento e coleta de dados de cada um dos bens da organização.

Logo, essa é uma prática estratégica do plano de controle patrimonial, já que está diretamente relacionada com a viabilidade econômica dos ativos.

Também é necessária para a realização do Impairment Test ou Teste de Recuperabilidade dos Ativos, que avalia se o valor contábil dos ativos excede o valor recuperável.

Por que realizar a avaliação patrimonial?

A avaliação do patrimônio é essencial para tomadas de decisão financeiras e administrativas. Além disso, identifica e analisa: balanço patrimonial, demonstrativo contábil e fiscal da organização. 

Mas as vantagens vão muito além. Abaixo, listamos algumas das possibilidades para seu negócio. Acompanhe!

As decisões serão mais inteligentes

A avaliação patrimonial é uma ação estratégica para qualquer negócio, já que revela o valor de mercado dos ativos.

Com ela, os diretores e gestores mensuram se há desvalorização, permitindo a tomada de decisões para reverter possíveis cenários negativos.

Ou seja, o procedimento apoia as tomadas de decisões, principalmente para investimentos de ativos imobilizados.

Aumenta a segurança em operações de compra, venda e fusão

No contexto atual, as aquisições e fusões entre organizações são crescentes. 

Dados da Bloomberg destacam que, nos 2 primeiros meses de 2024, as M&A geraram US$ 425 bilhões. O volume é 55% maior que no mesmo período de 2023.

Mas, para ter certeza de que estão fazendo um negócio transparente, as organizações devem disponibilizar os laudos de avaliação patrimonial atualizados.

Isso significa que o recurso facilita e agiliza aquisições, venda parcial ou integral da empresa, além da fusão com outras organizações.

Você pode até pensar em não realizar essas operações no momento. Contudo, ter o histórico dos ativos imobilizados é uma boa prática que reforça a seriedade e o profissionalismo.

Acompanha o desempenho econômico do negócio

Ter um banco de dados com informações confiáveis e atualizadas é essencial para diretores e gestores analisarem indicadores econômicos e financeiros com maior nível de detalhamento sobre o desempenho do negócio.

Nesse cenário, o laudo de avaliação patrimonial é uma excelente fonte de informação!

Ele pode ser usado para ampliar o poder de monitoramento e controle da performance, principalmente quanto ao crescimento do patrimônio.

Ajuda a identificar pontos críticos

Para a emissão do laudo, a empresa deve validar a existência física de cada bem.

Isso permite identificar problemas e pontos críticos diversos, como:

• Perdas por desvios;
• Roubos;
• Desgaste acelerado por carência de manutenções;
• Canibalização de equipamentos fora de operação, entre outros.

Isto é, este procedimento revela riscos, ameaças e prejuízos que envolvem o patrimônio. Com ele, os gestores têm a possibilidade de criar planos de ação.

Mensura resultados com precisão

Os relatórios contábeis ficam certeiros. Logo, permitem a realização de comparativos de variações do patrimônio de um ano para outro.

Isso é possível porque a avaliação patrimonial acompanha os valores de cada ativo acumulado ao longo do tempo.

Também disponibiliza um histórico com registros de movimentações realizadas.

Como funciona a avaliação patrimonial?

Até aqui, você entendeu o que é a avaliação patrimonial e conheceu suas principais vantagens. Mas como funciona esse procedimento?

Para executar essa função, alguns procedimentos técnicos devem ser respeitados.

Para o processo, a NBR 14.653 e suas partes (1, 2, 3, 4 e 5) devem ser seguidas.

Conforme essa norma, os laudos devem ser criados e documentados por engenheiros de avaliações da empresa ou terceirizados. Cabe a eles relatarem as estimativas de preços que os bens têm, conforme a finalidade.

Esses documentos auxiliam a organização em diversas situações:

• Tomada de empréstimos com garantias;
• Determinação de valores para seguros;
• Determinação de solicitação de financiamentos junto a instituições;
• Operações de compra e venda, além de fusões e aquisições.

Outras normas contábeis também são consideradas. Assim, para fins contábeis, os laudos seguem o que é proposto pelos:

• CPC 27 – Ativo Imobilizado;
• CPC 01 – Teste de Recuperabilidade dos Ativos;
• CTG 2002 – emitido por contadores, esse laudo organiza os padrões técnicos e profissionais de avaliação dos ativos líquidos a valor contábil ou ajustados a preço de mercado.

Devido à complexidade e o alto nível de exigências a serem respeitadas, recomenda-se contratar consultores patrimoniais. Eles terão a capacitação para dar o suporte necessário.

3 etapas centrais da avaliação patrimonial

Mesmo sendo um processo complexo, a avaliação patrimonial se baseia em 3 etapas centrais:

1. Custo de reposição;
2. Valor justo;
3. Valor residual.

A seguir, conheça alguns detalhes sobre cada uma de suas etapas.

1. Identificação do custo de reposição

Também conhecido como Custo de Substituição, ou Custo de Reprodução, esse é o gasto necessário para reproduzir um bem sem considerar eventual depreciação.

Em outras palavras, ele representa o montante necessário para reproduzir os bens do ativo da empresa, como instalações e estoques. 

Nessa etapa é calculado o valor a ser desembolsado para substituição de um bem antigo no fim de sua vida útil. Tudo isso sem considerar a depreciação do ativo.

O cálculo ajuda na precisão do planejamento orçamentário, programando as retiradas no fluxo de caixa, ao permitir prever quando e quanto deve ser gasto para repor o bem.

2. Identificação do valor justo

Demonstra por quanto um bem pode ser negociado no contexto monetário.

Nele, a depreciação é considerada, mas é feita uma pesquisa de mercado que avalia quanto outras pessoas e companhias estariam dispostas a pagar pelo ativo antigo.

É mensurado de forma independente e pode variar, tanto para mais quanto para menos, em relação à depreciação.

Aqui, são as condições do mercado, da receita e do custo que ditam as regras.

3. Identificação do valor residual

Entrega uma estimativa de quanto a empresa pode receber no fim da vida útil de cada bem do ponto de vista econômico. 

Ele varia conforme as regras contábeis de depreciação e, muitas vezes, é nula.

No seu cálculo é considerado o valor justo e a taxa de depreciação do ativo. Para não sofrer inconformidades, o CPC exige que o valor residual seja revisado uma vez por ano, pelo menos.

Importante: ajuste a avaliação patrimonial regularmente

Além de todos os fatores apresentados, o ajuste de avaliação patrimonial (AAP) é outra ação imprescindível.

Basicamente, este ajuste é o resultado da valorização (ou desvalorização) dos bens em relação ao seu valor justo.

Parece confuso? Veja um exemplo:

Imagine que a sua empresa comprou uma máquina de R$500 mil, registrando-a no balanço patrimonial.

Três anos depois, ao fazer uma avaliação, notou que ela passou a valer R$1 milhão. Para ajustar esse ganho, o correto é adotar o Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP), segundo disposto na Lei nº 11.638/2007. 

Por isso, vale o alerta: sempre consulte a legislação e as normas contábeis para verificar a forma correta para que sua empresa possa aplicar as atualizações do valor patrimonial.

Em outras palavras, o AAP guarda a contrapartida dos ajustes a valor justo dos ativos e passivos, permitindo que possam transitar pelo resultado do exercício, em função da competência. 

Algumas vantagens da AAP são:

• Transparência no diagnóstico de uma possível compra, fusão ou venda da empresa;
• Evita problemas com o Fisco;
• Permite identificar pontos de atenção;
• Maior assertividade nas tomadas de decisão.

Ainda tem dúvidas? Tenha um especialista ao lado da sua empresa!

Por muitas vezes, os modelos contábeis engessam processos e geram muita discordância e dúvidas quanto ao controle patrimonial das organizações.

Esses modelos limitam o crescimento e a competitividade das organizações, uma vez que não oferecem uma visão holística e estratégica de todo o patrimônio e de seu real valor.

Para impedir esses problemas, contar com uma assessoria especializada é um diferencial importante. 

Profissionais capacitados podem oferecer uma abordagem personalizada e flexível para uma melhor gestão de ativos. A empresa especializada na área pode:

• Identificar e corrigir ineficiências;
• Implementar novas ferramentas e tecnologias;
• Oferecer suporte estratégico;
• Acompanhar as mudanças legislativas;
• Minimizar riscos.

Aqui na Saraf focamos nossas ações nas particularidades de cada cliente, permitindo que ampliem a visão sobre a gestão dos ativos para transformar a gestão do patrimônio para todos os tamanhos de empresas.

Fale com nossos especialistas e torne seu negócio muito mais estratégico.