O que é e como funciona o teste de recuperabilidade de ativos?

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Com um mercado cada vez mais competitivo, os gestores buscam por soluções para otimizar o negócio e recuperar a força que tinham. Uma dessas soluções é o teste de recuperabilidade de ativos. Trata-se de uma ferramenta da gestão patrimonial que muitas empresas adotam para reforçar as estratégicas de negócios. Ela é prevista pelo CPC-01, que normatiza tais procedimentos.

Foi pensando nisso que desenvolvemos o post de hoje. Vamos ajudar você a conhecer melhor essa solução e a aproveitar as oportunidades existentes dentro da empesa. Então, confira a partir de agora o que é teste de recuperabilidade de ativos e como fazer!

O que é o CPC?

Antes de saber o que é teste de recuperabilidade de ativos, você deve entender o que significa CPC. CPC É a sigla para “Comitê de Pronunciamentos Contábeis”, que representa a instituição responsável por convergir as normas contábeis brasileiras às internacionais.

Ou seja, é um conselho dedicado a analisar, planejar e aprovar procedimentos técnicos relacionados ao setor contábil, uniformizando-os em todo o mundo. Ao adotar padrões globais, as empresas brasileiras ficam mais atrativas aos investidores internacionais devido a maior facilidade de análise dos relatórios.

O que é teste de recuperabilidade de ativos?

O teste de recuperabilidade visa analisar se os ativos da organização desvalorizaram. Porém, essa análise leva em consideração a capacidade que o ativo tem de gerar receitas, por uso ou venda, a ponto de compensar as perdas. Em outras palavras, tem a finalidade de demonstrar a redução do valor recuperável de cada ativo da empresa.

Qual a relação do CPC com o teste de recuperabilidade de ativos?

O CPC-01, mais especificamente, traz orientações técnicas relacionadas a metodologia que deve ser adotada pelas organizações na hora de realizar o Teste de Impairment (teste de recuperabilidade) de ativos. O objetivo é garantir que os gestores não registrem os ativos de longo prazo, bem como os de caráter permanente, com valores superiores ao que permitem recuperabilidade.

Dessa forma, ajuda as empresas a realizarem registros contábeis mais alinhados com as possibilidades de recuperabilidade, não ultrapassando os valores limites por uso e venda. No entanto, caso os gestores identifiquem um valor não recuperável para um determinado ativo, sua desvalorização deve ser reconhecida e uma provisão para perdas constituídas.

Como determinar o valor recuperável?

No CPC-01 está descrito que a recuperabilidade é representada pelo maior valor na comparação entre o preço líquido de venda e o valor em utilização. Porém, se um deles ultrapassar o valor contábil do ativo, não haverá o que recuperar. Isso também eliminará a necessidade de calcular outro valor para ele. Caso contrário, as diferenças devem ser ajustadas na provisão de perdas e ter relação com os resultados do período analisado. Veja um exemplo abaixo.

Digamos que, em 31/12/2019, uma empresa apresentou os seguintes registros contábeis referentes a um ativo imobilizado:

  • valor de compra = R$ 200 mil;
  • depreciação acumulada = R$ 50 mil;
  • perda por Impairment = R$ 40 mil.

Na mesma data, a empresa decidiu vendê-lo e conseguiu um valor de mercado de R$ 100 mil à vista. Nesse caso, o cálculo é estruturado sob a seguinte fórmula:

  • custo de aquisição – depreciação acumulada – perda por Impairment = valor contábil.

Então, temos:

  • 200.000,00 – 50.000,00 – 40.000,00 = 110.000,00

Como o valor da venda (R$ 100.000,00) foi inferior ao valor contábil (R$ 110.000,00), registramos R$ 10.000,00 de prejuízo (valor recuperável).

O teste de recuperabilidade de ativos é uma prática cada vez mais comum entre os profissionais da área contábil devido ao crescente uso da ferramenta por parte das empresas de grande e médio porte do país. Porém, mesmo que tenha um departamento próprio de contabilidade, é recomendável que ele conte com o apoio de uma empresa especializada em gestão patrimonial para não errar na estratégia.

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