Saiba o que são Demonstrações Contábeis
Publicado em 06/01/2021
As demonstrações contábeis são ferramentas que permitem aos administradores e investidores avaliarem o desempenho financeiro de um negócio. Assim, tratam-se de relatórios que apresentam todos os dados econômicos de uma organização.
A partir desses documentos, os stakeholders (partes interessadas) podem desenvolver análises, como a vertical e a horizontal, para conferir mais qualidade às suas tomadas de decisões. Vamos neste texto falar sobre as principais demonstrações utilizadas nas empresas para analise de desempenho financeiro.
BP — Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é o relatório gerencial mais popular e, muitas vezes, erroneamente, muitas pessoas acham que no processo contábil só existe essa demonstração econômica. Na verdade, o BP é o relatório base para a criação de outros — e, por isso, é de extrema importância para a gestão de negócios.
O BP é composto por três partes: ativos (direitos), passivos (obrigações) e patrimônio líquido (bens). Cada uma delas é constituída por diversas contas, ou grupos de contas. Sempre que um crédito for efetuado em uma, um débito é feito em outra equivalente dentro do Balanço Patrimonial. Em resumo, quando o ativo é maior que o passivo, sinaliza que a empresa tem uma saúde financeira positiva.
DLPA — Demonstração de Lucro ou Prejuízo Acumulado
Esse relatório contábil identifica qual é o destino do lucro auferido pela empresa, ou seja, apresenta em quê o capital foi investido durante um determinado período. Ele destaca o saldo inicial e final, conforme o período escolhido, e detalha quais foram as operações realizadas. Essas mudanças podem resultar tanto no lucro ou no prejuízo do negócio.
É importante destacar que o DLPA é um relatório utilizado por pessoas jurídicas com sociedade limitada. Para as empresas que se enquadram na Lei das SA’s, é feita a DMPL (Demonstração de Mutação do Patrimônio Líquido).
DFC — Demonstração do Fluxo de Caixa
A DFC é um relatório que apresenta a origem do capital que entra no caixa da sua empresa, bem como para onde vai todo o montante que sai. O objetivo dele é avaliar quais são as alternativas de investimento, além de controlar todas as decisões estratégicas do negócio que têm relação direta com o capital.
Na DFC, as movimentações do caixa são categorizadas por grupos de atividades afins. Aqui, o pagamento e o recebimento estão relacionados com a natureza econômica da transação de origem. É possível fazer a Demonstração de Fluxo de Caixa por dois métodos:
- direto — todas as operações de entrada e saída são sinalizadas com seus valores totais;
- indireto — o Lucro Líquido é o ponto de partida e chega-se ao consolidado que está refletido no caixa, sendo que os valores totais não são identificados.
DRE — Demonstração do Resultado do Exercício
Para que seja possível identificar qual é o Lucro Líquido do negócio, é necessário realizar a DRE. Esse relatório contábil faz a confrontação dos dados financeiros, como seu fluxo de caixa, tributação e investimentos, para identificar se o negócio está gerando lucro ou prejuízo. Em resumo, a estrutura da DRE é composta da seguinte maneira:
- Receita Operacional Bruta;
- (-) Deduções da Receita Bruta;
- = Receita Operacional Líquida;
- (-) Custos das Vendas;
- = Resultado Operacional Bruto;
- (-) Despesas Operacionais;
- = Resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social;
- – provisões de Imposto de Renda e da Contribuição Social;
- = Resultado Líquido do Exercício.
O DRE é o relatório mais usado entre os administradores e investidores. Por meio dele, que são feitas as análises horizontais e verticais para acompanhar o desempenho do negócio ao longo dos anos. Além dessas métricas, também temos:
- DVA (Demonstração do Valor Adicionado) — mensura o valor da riqueza gerada pela empresa;
- DRA (Demonstração de Resultado Abrangente) — trata de forma preditiva, ao indicar as prováveis variações futuras de receitas e despesas do seu negócio.
Para que todos esses indicadores sejam apresentados da maneira correta, é preciso que a sua empresa tenha um cuidado com um ponto crítico: a gestão dos bens do seu ativo imobilizado. Caso contrário sua empresa pode gerar demonstrações contábeis inconsistentes. Realizar um inventário é fundamental para ajustar as despesas de depreciação do ativo imobilizado para a contabilização correta e demonstração em seu Balanço Patrimonial.
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