Ativo Imobilizado, Contabilidade
Depreciação do ativo imobilizado: guia completo com exemplos práticos e normas
Publicado por SARAF · 09/10/2025 · 0 comentário(s)
A depreciação do ativo imobilizado é um dos principais conceitos para a contabilidade e a gestão de empresas, trazendo benefícios em vários aspectos, independentemente do seu porte.
O conceito representa a perda de valor de bens físicos ao longo do tempo, causada pelo uso, desgaste natural ou obsolescência.
Mais do que um simples registro, essa é uma ferramenta estratégica que permite mensurar o impacto do tempo nos ativos, ajudando a planejar investimentos, substituições e até decisões tributárias.
O tema parece complexo para você? Elaboramos este guia completo sobre a depreciação para te auxiliar. Ao final do artigo, queremos que você esteja mais preparado para otimizar sua gestão contábil.
O que é a depreciação do ativo imobilizado?
A depreciação é o processo pelo qual a contabilidade reconhece, de forma sistemática, a perda de valor de um bem físico durante sua vida útil.
Em outras palavras, é a maneira de distribuir o custo de um ativo ao longo dos anos em que ele está gerando benefícios econômicos importantes.
O conceito não apenas garante maior precisão nas demonstrações financeiras, como também evita distorções no resultado do negócio.
Sem a depreciação, uma máquina de R$ 50.000 comprada hoje apareceria no balanço com o mesmo valor por anos, desconsiderando o desgaste natural e a perda de utilidade. O que naturalmente não representaria a realidade.
Mas um ponto importante é ter clareza para diferenciar depreciação contábil e fiscal.
A primeira busca refletir a realidade econômica do uso do bem, seguindo normas técnicas como o CPC 27 e a norma internacional IAS 16, que ainda serão citadas neste guia.
Já a segunda é regida pelas regras da Receita Federal, com foco no impacto no cálculo de impostos.
Essa distinção é essencial para que gestores compreendam tanto a visão financeira quanto a fiscal do negócio.
Quer maior clareza sobre o assunto? Então assista ao vídeo e entenda detalhes sobre a depreciação na apresentação de nosso COO, Fernando Mello.
Depreciação no Brasil: navegando pelas normas contábeis
No Brasil, o termo está diretamente vinculado ao CPC 27 – Ativo Imobilizado, alinhado à norma internacional IAS 16.
Isso significa que as empresas brasileiras devem seguir um padrão reconhecido mundialmente, fortalecendo a credibilidade e a comparabilidade das demonstrações financeiras.
Conforme a CPC 27, o cálculo deve se basear na vida útil estimada do bem, ou seja, no período em que se espera que ele traga benefícios econômicos.
O processo começa quando o ativo está disponível para uso, independentemente de já estar em operação ou ainda não, e só termina quando ele estiver totalmente depreciado.
Um detalhe muitas vezes esquecido é que a depreciação não deve ser interrompida caso o item fique ocioso.
Enquanto o bem ainda tiver valor contábil, seu registro deve continuar. Esse é um rigor técnico que garante o correto espelhamento da realidade econômica.
Como calcular a depreciação do ativo imobilizado?
Diferentes métodos podem ser utilizados. Cada um tende a se comportar de uma forma mais adequada a determinados tipos de ativos e situações.
Veja os 4 principais:
1. Método linear
É o mais simples. Ele consiste em distribuir a depreciação uniformemente ao longo da vida útil do bem.
Isso significa que a mesma quantia é registrada em cada período contábil, independentemente do valor residual do ativo.
2. Método da soma dos dígitos
É mais acelerado do que o tipo linear. Ele distribui a depreciação de forma decrescente ao longo da vida útil do bem.
Nele, a maior parte é registrada nos primeiros anos de uso, com uma diminuição gradual ao longo do tempo.
3. Método de unidades produzidas
É utilizado para ativos que geram receitas proporcionais ao número de unidades produzidas.
Considera o número de unidades produzidas por uma máquina ou bem a cada período contábil e distribui a depreciação com base nesse número.
4. Método exponencial
Dentre todos, é o mais acelerado. Nele, a depreciação é exponencial ao longo da vida útil do ativo.
Com isso, a maior parte é registrada nos primeiros anos de uso, com uma diminuição ainda mais rápida do que na metodologia da soma dos dígitos.
Importante ressaltar que cada método tem suas próprias vantagens e desvantagens. A escolha vai depender das características do ativo e da política adotada.
Mas, uma coisa é certa, escolha a metodologia adequada para garantir o correto registro da perda de valor ao longo do tempo.
Exemplo de depreciação, na prática
Imagine que uma empresa adquiriu uma máquina por R$ 50.000,00, e sua vida útil estimada é de 10 anos.
No método da linha reta, o cálculo será feito dividindo o valor do bem pela vida útil, ou seja:
R$ 50.000,00/10 anos = R$ 5.000,00
Nesse caso, a depreciação anual será de R$ 5.000,00. Ao final dos 10 anos, o ativo terá sido totalmente depreciado e o valor acumulado estará refletido nas demonstrações financeiras da empresa.
Essa é uma simulação simples, mas facilita a compreensão do impacto no patrimônio e no resultado do negócio.
Lançamento contábil da depreciação: como fazer corretamente?
Até aqui, você conheceu os métodos de depreciação e um exemplo simples do cálculo. Mas uma dúvida comum é: como lançar os resultados contábeis?
Na contabilidade, o termo “lançar” significa registrar através da escrita um fato contábil, que deve estar amparado em documentação hábil e idônea (Livro: Contabilidade Básica – José Carlos Marion).
Consequentemente, o lançamento contábil é o registro oficial que, dentro da escrituração empresarial, deve apresentar todas as movimentações que afetam o patrimônio.
Ele segue o princípio das partidas dobradas, ou seja, todo débito deve corresponder a um crédito.
No caso da depreciação, o lançamento é feito para reconhecer a despesa do período e, ao mesmo tempo, acumular a perda de valor. Assim, temos:
- Débito: despesa de depreciação (resultado do exercício);
- Crédito: depreciação acumulada (conta redutora do ativo imobilizado).
Seguindo o exemplo da máquina de R$ 50.000,00, com depreciação anual de R$ 5.000,00, o lançamento seria:
- D – Despesa: 5.000
- C – Depreciação Acumulada: 5.000
Esse procedimento garante que as demonstrações mostrem não apenas o custo de aquisição do bem, mas também seu valor líquido contábil ao longo do tempo.
Depreciação como ferramenta de gestão
Ainda vista como uma obrigação fiscal, o correto controle da depreciação tem impacto direto na gestão das empresas.
Dentre outras possibilidades, ela permite:
- Planejar a substituição de itens antes que se tornem obsoletos;
- Avaliar a rentabilidade real de produtos e serviços;
- Otimizar o planejamento tributário.
Ao tratar a depreciação como um instrumento de gestão, a empresa aumenta seu controle financeiro e a previsibilidade, elementos indispensáveis para a tomada de decisão estratégica.
Por isso a depreciação é fundamental para garantir a clareza financeira e a conformidade com as normas.
Mas, se você quer transformar isso em resultado prático e estratégico, a SARAF é a parceira ideal para apoiar sua organização.
Ao contar com nossa expertise, sua empresa alcança:
- Conformidade total com CPC 27 e IAS 16, evitando riscos fiscais e contábeis;
- Decisões estratégicas mais seguras, com base em dados confiáveis sobre ativos e rentabilidade;
- Planejamento tributário inteligente, reduzindo custos e otimizando resultados;
- Gestão patrimonial eficiente, com visão clara sobre quando substituir ou manter ativos;
- Apoio de profissionais que falam a linguagem do seu negócio, unindo técnica contábil e visão gerencial.
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